segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Antiguidades ou Clássicos

Estou bem, ou secalhar estou a tentar convencer-me a mim mesma disso, sinto saudades, muitas sabes ...
não vou negar, as pessoas que aqui conheci são magnificas, alguns sao mesmo portugueses e isso é muitoo bom
experiencias? ando a viver muitas, algumas boas outras mas (tal como eu a bocado estava a começar a escrever-te e a luz faltou só veio agora)
Mas olha melhor amigo sabes, trancar o dedo numa porta dói. 
Bater com o queixo no chão dói. 
Torcer o tornozelo dói. Um estalo, um soco, um pontapé, doem. 
Dói bater a cabeça na da mesa, dói morder a língua, dói dores de barriga, cabeça e pedras no rins. 
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. 
Saudade de uma brincadeira da infância. 
Saudade de um filho que estuda fora. 
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. 
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. 
Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. 
Doem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dorida é a saudade de quem se ama. 
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. 
Podias ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas estavam lá. Saudade é não querer saber se ele está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer

Saudade é isto que senti enquanto estive a escrever e o que tu, provavelmente, estás a sentir agora depois de acabares de ler

1.12.2011